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4.7 – som polido

A fronteira entre o universo musical “erudito” e o da música “popular” é determinada por uma linha que, como tal, se constitui de vários pontos. Alguns desses pontos se apresentam como intangíveis – e não pretendemos abordá-los aqui. Entretanto, existem também os pontos dessa fronteira que se revelam nitidamente a uma escuta que priorize o aspecto prático musical. O ritmo, por exemplo, representa toda uma frente de trabalho no limiar dessa fronteira, já que nesse ponto é nítida a diferença entre a formação musical que se dá através dos postulados da tradição escrita (ou erudita) e a formação de um músico que se forja através das condutas habituais à música popular.[i]

Outro ponto em que se detecta com nitidez a diferença entre práticas “eruditas” e “populares”  se revela na medida em que aprofundamos a escuta na percepção tímbrica da sonoridade extraída do violão. Percepção que, assim como no caso da expressão rítmica, sempre está condicionada à história e à vivência musical de cada executante e, em última instância, de cada ouvinte.

Sérgio Assad nos apresenta sua visão a respeito das diferenças, e possíveis pontos de equilíbrio, entre a maneira do violonista popular e do violonista erudito efetivarem o trabalho de“sonoridade”.

SARAIVA

00:00  Ralph Towner e o ruído

00:51  exemplo de dimensões variadas

01:25 se afastar do Baden ?!

ASSAD

02:18 a primeira vez que o ouvi não gostei

 03:24  a pasteurização e o excesso de gordura

 04:18 aula de som

 05:05 o bom intérprete faz sua prória mixagem

 05:19 no Brasil as pessoas tem um pé em cada um dos dois mundos

 

O trabalho do “som”, que foi detalhadamente metodificado ao longo dos séculos de sedimentação do violão erudito, é um ponto pouco desenvolvido no âmbito do violão popular. Em geral o violonista popular não prioriza o trabalho desse aspecto, efetivando-o intuitivamente e a partir de seu próprio senso de sonoridade para atender às múltiplas situações profissionais com as quais se depara.[i] Processo que se baseia mais na imitação de referências musicais do que no trabalho consciente e metodificado, o que gera, por um lado, uma rica pluralidade de soluções técnicas, e por outro uma lacuna no sentido de alguma orientação pedagógica.

  1. LINK com a ideiaa diferença entre uma abordagem rítmica que se alimenta da estabilidade do ‘tempo’ e a que se desenvolve através da “expressão” regida justamente por dispositivos de variação do tempoapresentada em – 2.2 – matrizes ritmicas.

  2. LINK com a ideia “Quando você vai para a praça a comunicação musical tem que ser feita em outro nível e não pode se ater a esse aspecto da pureza do som” apresentado em – 4.3 – a sala, o banheiro e a praça – no depoimento de Marco Pereira.

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