3.6 – o composer, o songwriter and the grays in between
Apresento abaixo uma das respostas de Sérgio Assad para entrevista concedida – em inglês – a um jornalista estrangeiro. Entrevista na qual o violonista-compositor apresenta ideias que acabaram por constituir outro ponto de apoio no momento de concepção do presente projeto, agora pelo lado do violão solístico ligado à tradição escrita. A resposta, obtida através da leitura do site oficial do Duo Assad[i] , atendia a aspectos da “pergunta de Tatit” e apontava para a fertilidade dos “tons de cinza” existentes entre os universos do “composer” e do “songwriter”. Matizes que representaram uma importante orientação para a linha de atuação deste trabalho.
DOUG YOUNG (Jornalista)
Is there some quality that makes a great composer?
ASSAD
I think there are two different worlds.
My teacher in Brazil used to say, “A composer is a composer, a songwriter is a songwriter.”
You don’t need to be a good melody writer, for example, to be a good composer.
You can learn the tools, and know so much about colors and orchestration that you can compose pieces that are quite strong without having a talent for melody writing.
And there are many examples of great songwriters who didn’t know much about music.
But it’s not black and white. There are grays in between.
Os termos em inglês foram espontaneamente utilizados em vários momentos dos diálogos, como no que segue abaixo com Marco Pereira:
SARAIVA
00:00 o violão que acompanha a voz
01:03 processo criativo do cancionista
MARCO PEREIRA
01:15 o composer e o songwriter
02:34 Villa-Lobos e o Tom Jobim
Tem uma poesia aí,
mas apesar de todo o percurso do Jobim como arranjador,
e de todo o potencial sinfônico de suas obras,
sinto-o como canção, dentro dessa estética simples,
que se traduz com uma voz e um violão
sem perder sua beleza e integridade[i]
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Texto disponível em: www.violao-cancao.com/entrevista-duo-assad.
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LINK com a mesma ideia também mencionada em – 1.2 – um violão que se engrena na canção.